segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pesquisa aponta que população vê redução da desigualdade no Paraná

Uma pesquisa feita pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), fez a seguinte pergunta aos brasileiros: o que precisaria mudar no Brasil para a sua vida melhorar? Elegendo uma lista de prioridades entre 14 itens, a pesquisa demonstrou que, para os paranaenses, a geração de empregos ficou em nono lugar na prioridade, seguida do item redução de desigualdade e, em último lugar, a redução da pobreza.

Para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o percentual de importância, atribuído para os mesmos itens, foi maior. Diminuir a violência é a sexta prioridade para os paranaenses, já para a média brasileira esta é a terceira preocupação mais importante. A educação ficou em primeiro lugar tanto para o Paraná quanto para o Brasil. A pesquisa do PNUD é intitulada Brasil Ponto a Ponto. Ela foi realizada por meio de audiências públicas e contribuições na internet. Foram mais de 500 mil participações. As respostas devem nortear o Relatório de Desenvolvimento Humano, que será publicado no início de 2010.

No twitter, Requião destaca os avanços da educação pública no Paraná

twitter_reqNos últimos três comentários neste domingo (27) no twitter, o governador do Paraná, Roberto Requião, destacou os avanços da educação pública que alçaram o estado como referência nacional. “São 8,2 milhões de livros didáticos gratuitos para os alunos do ensino médio. No Paraná, os nossos professores são autores dos textos”, postou Requião – pré-candidato do PMDB à presidente da República. “TV Paulo Freire: a primeira TV pública voltada exclusivamente para educação. Em cada sala de aula, uma TV 29 polegadas com pen drive e com acesso à TV Paulo Freire. Duas mil escolas da rede pública estão equipadas com 44 mil computadores. O governo investiu R$ 44 milhões no programa”, completou.

30% na educação

Requião tem razão nas suas considerações no www.twitter.com/requiaopmdb. O Paraná é o único Estado da federação que investe 30%, estão garantidos na constituição estadual, de suas receitas na educação pública. O Governo do Paraná, por exemplo, investiu, desde 2003, mais de R$ 750 milhões na construção, reparos, reformas, ampliações e manutenção de escolas. Os valores incluem o fundo rotativo e recursos disponíveis mensalmente a todas as escolas da rede estadual para compra de materiais e pequenos consertos.

do www.pmdbdobrasil.com



































Pessuti está chegando!


Orlando Pessuti pronto para assumir governo em 2010

Depois de vinte anos de mandatos na Assembleia Legislativa e trinta e duas vezes como governador interino, o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) está pronto para assumir o governo em abril de 2010. E também trava uma batalha feroz, internamente, no PMDB, para conseguir ser candidato à sucessão do governador Roberto Requião. Os percalços dessa empreitada e a sua delicada relação com o governador Roberto Requião são o tema desta entrevista que Pessuti concedeu.

O Estado do Paraná: O senhor assume mesmo o governo em 2010 ou tem alguma possibilidade de o governador Requião permanecer no cargo e desistir de disputar as eleições?

Orlando Pessuti: Eu estou convicto de que, em abril de 2010, nós iremos assumir o governo, até porque o governador Requião tem todo um projeto político traçado em relação à disputa como presidente da República ou então, como nosso senador. Então, não vejo que possa haver qualquer contratempo.

OE: No cargo, o senhor pretende promover alguma mudança no secretariado? O senhor vai manter a Maristela Requião na direção do Museu Oscar Niemeyer e Eduardo Requião no comando do escritório do Paraná, em Brasília?

OP: O que posso dizer, por enquanto, é que aqueles que, por livre iniciativa, quiserem deixar o governo, nós vamos substituir. Os demais, só vou fazer uma avaliação a partir de abril. Devo ter uma conversa com o governardor Requião sobre isso. Não tenho nada contra a permanência do Eduardo no governo. Ele, inclusive, já me perguntou se eu ia deixá-lo em Brasília. Eu disse que ele pode ficar.Quanto à dona Maristela, não conversamos sobre isso. Mas se for o desejo dela continuar à frente do Museu, não vejo problema.

OE: E quanto à liderança do governo na Assembleia Legislativa. Vai mudar?

OP: A questão de liderança de bancada, a bancada é que escolhe. Quanto à liderança do governo, devo ter uma conversa com a bancada de apoio, para juntos, definirmos essa questão.

OE: Nestes sete anos, as suas relações com o governador Roberto Requião têm tido altos e baixos. E agora, estão melhores ou piores?

OP: Eu entendo que melhoraram. Mesmo que vez ou outra a gente possa ter algum tipo de atrito, de divergência. Mas, hoje, eu tenho uma condição de diálogo, de conversação com ele, muito mais franca, muito mais aprofundada. Quando comecei na condição de vice do Requião, tinha uma relação superficial com ele, mesmo tendo sido líder do governo dele em 91 e 92 e presidente da Assembleia, em 93 e 94. Eu me considero hoje, muito mais conhecedor de Roberto Requião e ele muito mais conhecedor de Orlando Pessuti do que antes. Prosperou para melhor nosso relacionamento, embora ainda tenhamos divergências.

OE: Quais são essas divergências?

OP: É no estilo de fazer política. O nosso estilo é diferente do dele. Ele cobra que eu perco muito tempo com coisas menores, e que como candidato a governador, deveria estar preocupado e ocupado com temas maiores. Mas eu tenho dito a ele que, na sequência das coisas, isso naturalmente vai acabar acontecendo.

OE: A crítica que alguns peemedebistas fazem é que o senhor tem uma agenda muito provinciana e perde um tempo enorme com “festinhas do interior”.

OP: Vou em festas em Brasília, vou em festas em Curitiba e vou também num pequeno distrito do interior. Onde for possível ir, eu vou. É meu estilo. Eu faço política, talvez, até mais no contato pessoal do que na própria mídia. Mas é lógico que, a partir do momento em que estiver numa campanha majoritária, terei que fazer alguns ajustes. Hoje me reúno com o presidente da República e me reúno com vereadores, também. Nós temos desenvolvido nossa ação de acordo com a necessidade. Hoje eu não posso ocupar um espaço que é do governador Requião. Há coisas que só cabe ao governador fazer e eu não vou disputar espaço com ele.

OE: Que tipo de mudança a população no Paraná pode esperar no seu governo?

OP: O diferencial é que nós vamos estar numa condição mais próxima, eu acredito, do conjunto da sociedade. Eu vou continuar, mesmo com as mudanças que eu possa adotar no meu estilo, mas eu nunca deixarei de ter este contato pessoal, de estar permanentemente reunindo as pessoas, as lideranças e de estar visitando o interior. Agora, governo, acredito que pouca coisa seja necessário mudar. Afinal de contas, este governo que aí está eu ajudei a construir, participei da elaboração das propostas, e é um governo que tem 70%, 80% de aprovação. A questão da execução administrativa, das políticas públicas governamentais, poucas coisas serão alteradas, até porque teremos muito pouco tempo e muitas limitações do ponto de vista da lei eleitoral e da lei de responsabilidade fiscal.

OE: Quanto ao pedágio, o senhor vai ter uma outra forma de lidar com o problema ou mantém a linha do governo?

OP: A questão do pedágio não depende do Pessuti, depende de as concessionárias concordarem em reduzir o pedágio. Da nossa parte, nós queremos reduzir o pedágio, temos tentado fazer isso e vamos continuar tentando, na mesma linha que o governador Requião adotou até agora.

OE: A legislação eleitoral impõe algumas restrições para o período pré-eleitoral. O senhor, por exemplo, não poderá inaugurar obras. Até que ponto estar no governo será um diferencial já que o senhor estará bastante amarrado?

OP: As dificuldades, evidentemente, existirão, por causa da lei eleitoral e da lei de responsabilidade fiscal. Mas o conjunto de ações que nós temos em andamento em diversos setores, se nós consegurimos levar adiante o programa de obras que temos já autorizados pelo governador Requião e por nós, nesse período em que estamos governando, não haverá problemas. Através do conselho revisor, junto com as secretarias do Planejamento e da Fazenda, planejamos que as obras sejam executadas não apenas dentro deste ano de 2009, mas para até 31 de dezembro do ano que vem, por conta desses prazos.

OE: Mas o senhor não vai poder participar das inaugurações dessas obras. Não é uma desvantagem?

OP: Não tem problema, porque é o governo que estará inaugurando. E a partir do momento que eu esteja desenvolvendo um bom governo, assim como o Requião, nós vamos passar à população que temos condições de continuar à frente do gerenciamento do Estado e do País, eu e o Requião. O trabalho administrativo poderá contribuir assim para o trabalho político.

OE: O senhor se sente traído pelo grupo que trabalha pelo apoio do PMDB à candidatura do prefeito de Curitiba ao Governo?


OP: Ainda não é traição. Entendo que não estão agindo de forma correta e estou procurando reconquistá-los por inteiro. Meu papel, neste momento, é trazê-los para a candidatura própria. Se lá na frente, na hora que consolidar a candidatura, se algum deles não estiver conosco, aí sim, é desobediência ao código de ética, ao estatuto do partido. Por enquanto, é um pouco de vontade desse ou daquele de construir um caminho que seja melhor para ele pessoalmente. Mas vejo que todos são recuperáveis.

OE: A crítica que o senhor fez ao prefeito Beto Richa (PSDB) num evento, em Curitiba, teve repercussão. O senhor vai continuar nessa linha mais dura ou foi apenas um momento?

OP: Eu não mudei minha postura naquele episódio. Eu apenas disse que entendia que ali não era o lugar para o prefeito fazer a manifestação. O lugar era quando a lei das concessões foi votada. Porque quando se aprovou a lei de implantação do pedágio, o prefeito estava lá, não pode agora ficar criticando preço de tarifa. Apenas rememorei os fatos. Coisa mais forte eu fiz na defesa da Copel, quando se votou a autorização para a venda da empresa. Eu saí da última fila do plenário e retirei à força da tribuna o Ribas Carli. Não é a primeira vez que eu contesto. Ser contundente não significa ser agressivo. Fui contundente, mas com ternura. E a contundência vai continuar. No exercício do governo, tenho que agir com firmeza e determinação. Com sinceridade e transparência.

OE: O senhor defende uma aliança do PMDB com o PT no Estado. Quem poderia ser um bom candidato a vice-governador na sua chapa?

OP: Uma pessoa que seria uma boa candidata é a Gleisi Hoffmann. Além da Gleisi, o Jorge Samek, a Lygia Pupatto também são pessoas que estão em condições de compor uma chapa concosco. É claro que a Gleisi, por ter disputado uma eleição de senadora e de prefeito de Curitiba, teria um perfil mais apropriado. Sendo eu do interior, o ideal seria compor com alguém que tivesse mais densidade eleitoral na capital

OE: O projeto de candidatura do governador Roberto Requião à presidência da República atrapalha ou ajuda as articulações no Estado?

OP: Ajuda e muito. Afinal de contas, o PMDB estará sendo promovido nacionalmente e sairá fortalecido desse processo porque terá um candidato a presidente. A candidatura do Requião é importante. E se não for a dele, uma outra também nos ajudará bastante.

Municípios perdem fôlego financeiro com repasse de serviços pela União

Para 70% das prefeituras, esse tipo de despesa comprometeu mais do que toda a arrecadação tributária própria

Do Estadão

Os 5.563 municípios brasileiros gastaram em 2008 pelo menos R$ 11,8 bilhões com o custeio de serviços que são responsabilidade constitucional da União e dos Estados. Para 70% dessas prefeituras, esse tipo de despesa comprometeu mais do que toda a arrecadação tributária própria – um universo de 3.942 cidades com até 20 mil habitantes que este ano podem fechar as contas no vermelho.

São gastos com a manutenção de prédios da Justiça, das polícias, do Corpo de Bombeiros, de unidades hospitalares estaduais, fornecimento de transporte e merenda para alunos da rede de Estado entre outros. Pelo pacto federativo, os recursos para custear toda essa estrutura deveriam sair dos cofres dos governos federal e estaduais.

“Somos obrigados a decidir entre perder um posto da polícia na cidade, por exemplo, ou comprometer recursos que poderiam ser usados para investimentos. Obviamente optamos pela manutenção dos serviços para a população”, afirma o prefeito de Várzea Paulista, Eduardo Pereira (PT), representante da Associação Brasileira de Municípios (ABM).

Na média nacional, 4% da receita total das prefeituras é imobilizada por esse tipo de gasto extra, que incha a folha de despesas em municípios já sufocados por problemas financeiros – em virtude da concentração de receita por parte da União e da queda de transferências de recursos, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O problema é que quanto menor a cidade, maior o estrago. Nos municípios com até 10 mil habitantes (40% das cidades do País), esse comprometimento salta para 10,8% ano. Para se ter noção mais precisa do prejuízo, nas 102 cidades com menos de 2 mil habitantes, os dispêndios que deveriam ser cobertos pela União e pelos Estados chegam a ser 5,14 vezes maiores que a arrecadação tributária local.

Sucessão presidencial no Paraná. Requião está com 31,2% e Serra tem 30,9%


Da Gazeta do Povo

Os governadores do Paraná, Roberto Requião (PMDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB) estão tecnicamente empatados na preferência dos eleitores paranaenses na disputa pela sucessão presidencial. Levantamento de intenção de votos realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, com exclusividade para a Gazeta do Povo, mostra que Requião hoje teria 31,2% dos votos no estado. Serra teria 30,9% (a margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos).

Num cenário em que Requião é o candidato à Presidência da República pelo PMDB, a petista Dilma Rousseff aparece em terceiro lugar, bem atrás de Requião e Serra – com apenas 12,4% das intenções de voto. É seguida de Ciro Gomes (PSB), com 9,5%, e Marina Silva (PV) com 4,7%.

Sem Requião na disputa, no entanto, Serra aparece disparado na dianteira. O pré-candidato do PSDB é preferido por 46,1% dos eleitores paranaenses. Dilma somaria 17,4%. Ciro Gomes teria 14,6%. E Marina Silva, 7,2%.