Indagado sobre a possibilidade de concretizar aliança com o PSDB, o senador Osmar Dias, afirmou que a possibilidade existe, “desde que o Beto Richa me apóie para o governo”. Osmar revelou que conversa constantemente com o PPS de Rubens Bueno e que Roberto Freire, presidente nacional da legenda tem um certo desapontamento com relação à grande aliança formada em 2008. “Ele me pergunta: não havia uma aliança? Não havia compromisso? Eu respondo que o PDT não deu um passo para romper essa aliança”, reafirmou. Para Osmar, o PPS continua defendendo a manutenção da unidade política da grande aliança. “Mas unidade só é possível quando se tem um só candidato. Com dois não dá”, completou. Sobre a intenção de continuar na disputa, mesmo com a indefinição de alianças, Osmar disse que continua caminhando pelo Estado. “Fui o primeiro pré-candidato a me apresentar para a disputa e continuo na estrada”, garantiu.
Segundo Osmar, a disposição lançar a candidatura não foi abalada. “A única coisa que eu perdi a disposição é agüentar os desaforos de alguns membros do PT. Acabou faz tempo. Mas disposição de construir um projeto para o Estado continua a mesma”, disse. Osmar Dias afirmou ainda que nada na política é irreversível. E que ele foi procurado pelo presidente Lula para firmar a aliança no Paraná. “Houve avanços e eu coloquei claramente a proposta: o PT colocaria a Gleisi Hoffmann de vice na minha chapa para abrir espaço a outros partidos que formam a base de apoio ao governo federal”, explicou.
Para Osmar, o PT tem razão absoluta em defender a candidatura de Dilma Rousseff e que, por isso mesmo, deve ter na consciência que outros partidos têm que ter espaço. E que, se o PT tem a candidatura à presidência e o PDT ao governo do Paraná, outros partidos têm que compor a candidatura ao Senado. “Quem quer fazer aliança tem que ceder espaço. Agora, se não foi possível, então colocamos um ponto final”, disse.