quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PMDB “tucano” quer endurecer com o PT do Paraná

Por: Elizabete Castro

A ala peemedebista que trabalha por uma aliança com o PSDB nas eleições do próximo ano está pressionando a direção estadual do PMDB para que reaja às críticas do PT do Paraná.

O grupo exige que o presidente do diretório estadual, deputado Waldyr Pugliesi, responda à nota oficial do PT, divulgada na sexta-feira passada, com críticas ao governador Roberto Requião (PMDB), que ironizou a posição do deputado estadual José Lemos (PT) em relação à polêmica associação entre o câncer de mama masculino e homossexualismo.

Na reunião semanal da executiva estadual, hoje, o PMDB decide se vai responder ao PT que, na nota, considerou “preconceituosas” e “desrespeitosas” as declarações de Requião sobre Lemos, que cobrou em plenário um pedido de desculpas do governador aos homossexuais.

Na mesma nota, o PT também se refere a “ataques” feitos ao deputado petista pelo líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), durante discussão orçamentária no plenário da Assembleia Legislativa.

Outros setores do PMDB não vêem necessidade de alimentar a polêmica e abalar a relação entre os dois partidos que já não é das melhores desde que petistas passaram a cortejar o senador Osmar Dias (PDT) para compor uma aliança à sucessão estadual do próximo ano.

Mas o grupo que vê num acordo com os tucanos uma opção melhor que a candidatura própria do vice-governador Orlando Pessuti ou um acordo com o PT acha que o partido tem que marcar posição e dar o troco nos petistas.

Pugliesi afirmou que o assunto será discutido na reunião de hoje. O presidente estadual afirmou que, apesar dos desentendimentos e divergências sobre a condução do processo das eleições do próximo ano, ainda considera o PT como o aliado preferencial do PMDB para 2010.

O presidente estadual do PMDB comentou que Romanelli merece toda a solidariedade do partido, em relação às críticas que recebeu do PT, depois de ter insultado Lemos, que cobrou mais investimentos do governo na educação básica.

“É claro que o líder merece a solidariedade do partido e da bancada. Assim como também acho que houve um superdimensionamento das declarações do governador. Houve um oportunismo de muita gente, inclusive de parte do PT”, afirmou.

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