segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lançada pré-candidatura de Requião à presidência da República


Lideranças nacionais do PMDB lançaram neste sábado (21), em Curitiba, a pré-candidatura do governador Requião à presidência da República.

O documento foi assinado pelos representantes do partido de 14 estados brasileiros. Para que Requião se torne candidato e dispute as eleições de 2010 ainda é preciso da aprovação do nome dele em uma convenção nacional do partido.

Ladeado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, Paes de Andrade (presidente de honra do partido), Luiz Henrique (governador de Santa Catarina), Eliseu Padilha (presidente do Instituto Ulysses Guimarães), dentre outras personalidades da legenda, o governador paranaense recebeu apoio de 14 diretórios estaduais, que subscreveram um manifesto em apoio à candidatura própria do PMDB.
“Eu sou amigo de Lula, amigo de Dilma. Sou amigo de Serra, mas antes de tudo eu sou um emedebista e brasileiro”, disse Requião, ao aceitar o desafio.

Em seu discurso durante o encontro Requião voltou a defender a candidatura própria. “Não podemos ter uma partido que seja acessório”, declarou. Ele afirmou, ainda, que sua candidatura é um resgate das raízes do partido. “Vamos oxigenar o partido e reerguer nosso velho MDB de guerra”, disse.

“Os que aqui não estão se arrependerão amargamente pelos restos de suas vidas, pois aqui renasce o velho MDB de guerra”, discursou Requião.

O governador do Paraná informou que começará a campanha presidencial pelo Piauí, o estado mais pobre do país, e pelo Sergipe, de onde a família dele imigrou.

Maior partido do país precisa ter uma proposta para o pais, diz Mangabeira


O maior partido do Brasil não pode ficar a margem do processo eleitoral para a escolha do novo presidente do Brasil. “O maior partido do país precisa ter uma proposta para o país”. A declaração é do professor Roberto Mangabeira Unger, ao participar em Curitiba neste sábado (21), do Encontro Nacional de Lideranças do PMDB. “O PMDB não pode ser uma massa de manobra de outras forças políticas”, afirmou.

Mangabeira voltou a defender que o Brasil não pode ficar a mercê do capital especulativo. “Este capital vadio, que só serve para a especulação financeira. O PMDB tem que apresentar um programa para dar oportunidades e capacitações a população brasileira”, destacou. “Vou lutar para que o PMDB, o maior partido brasileiro, tenha uma proposta prática para cumprir essa grande ação libertadora”, completou.

Em Curitiba, lideranças do PMDB defendem a candidatura própria


2111quercia_fala1Lideranças do PMDB reunidas neste sábado (21) em Curitiba defenderam a candidatura própria do partido a presidência na disputa eleitoral de 2010.
“Se tivermos candidato a presidência a prioridade é esta. O PMDB tiver somado, unido, candidato á presidência, sem dúvida, São Paulo defende esta posição”, disse o ex-governador Orestes Quércia, presidente do diretório de São Paulo.
Quércia disse que a reunião de Curitiba, que reuniu diretórios de 15 estados, é muito importante para dar uma orientação ao partido. “Esta reunião é importante para analisar um programa do partido. Partido tem que conversar com candidatura própria ou a possibilidade de aliança dentro de um programa, não tendo reivindicação de cargos”.

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, disse que o PMDB tem história, musculatura e propostas para uma candidatura própria. “E a proposta é fundamental é descentralizar o Brasil, revogar o Brasil de Brasília e instituir o Brasil dos brasileiros. Com isto, modificando o pacto federativo, colocando uma nova divisão do bolo tributário e que municípios e estados fiquem com a maior parte, com dois terços”, defendeu Luiz Henrique.

“Hoje a União fica com dois terços. Inverter esta pirâmide é a grande marca e a grande proposta do PMDB para uma candidatura própria”, completou.

O senador Pedro Simon disse que a candidatura própria está consolidada e aponta o governador do Paraná, Roberto Requião, como nome preferencial, mas também cita os nomes de Luiz Henrique, Germano Rigotto (RS), Sérgio Cabral (RJ), Jarbas Vasconcelos (PE), Nelson Jobim (RS). “Nós temos que ter o nosso candidato. Esse candidato vai andar pelo Brasil, vamos colocar o nome dele na pesquisa e tenho certeza que o reforço vai ser altamente positivo”.


DESCENTRALIZAÇÃO - Para o presidente do PMDB do Acre, deputado Francisco Chagas Romão, disse que nenhuma outra tese pode derrubar a candidatura própria. “O partido que não aspira chegar ao poder não é partido, é Congregação Mariana. O PMDB tem condições de vencer as eleições porque é o maior partido do país”.

O presidente do PMDB do Mato Grosso do Sul, deputado Esachel Cipriano, disse que a candidatura própria não é uma proposta regional, fora do eixo Rio-São Paulo. “Não é uma questão regional, a questão programática. Tenho convicção que o candidato que levantar a bandeira da descentralização, de resgatar a autonomia dos estados e dos municípios para tornar o governo eficaz, rápido, eficiente, vai levar esta eleição. Não tenho dúvida nenhuma, o PMDB é o partido”.

A candidatura própria foi defendida ainda pelos representantes dos diretórios do Espírito, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Acre, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Pará e Amazonas.