terça-feira, 19 de janeiro de 2010

ENTREVISTA PESSUTI

Saiu no HoraH


Por Roseli Abrão

Pessuti diz não ter “razão, motivação nem disposição” para abrir mão da candidatura

O movimento dos “rebeldes” do PMDB que, diante dos baixos índices nas pesquisas de opinião pública, voltam à carga para viabilizar uma aliança com o PSDB do prefeito Beto Richa, não tira o sono do vice-governador Orlando Pessuti, que assegura que não tem “razão, motivo nem motivação” para abrir mão de sua candidatura.

Nem o deixa com raiva ou magoado.

Pessuti diz entender o “drama” dos deputados que buscam a reeleição, mas garante que o melhor para eles é a candidatura própria do PMDB.

Para Pessuti, os números, hoje, refletem muito mais o conhecimento que os eleitores têm dos pré-candidatos ao governo e que tão logo o assuma, o que o tornará mais “visível”, vai alcançar índices “robustos”.

-- Nós vamos atingir os dois dígitos daqui a pouco. No momento oportuno teremos dígitos bem robustos, acredita.

Em entrevista a este horaH, Pessuti avaliou que o quadro à sucessão do governador Roberto Requião ainda não é definitivo. Que há definições a serem tomadas para que ele fique mais claro, como por exemplo, sobre quem será o candidato do PSDB, sobre a decisão do senador Osmar Dias se irá se aliar ou não ao PT, e tem ainda o prazo de desincompatibilização que deve nortear o rumo do governador Roberto Requião e do prefeito de Curitiba, Beto Richa.

-- As coisas vão se delinear a partir de abril, acredita Pessuti.

Só 30% o conhecem

Pessuti insiste na tese que o que as pesquisas mostram hoje é o grau de conhecimento que a população tem dos pretendentes ao Palácio das Araucárias.

Segundo ele, as mesmas pesquisas mostram que apenas 30% do eleitorado o conhecem contra 90% que conhecem os tucanos Beto Richa e Alvaro Dias e o pedetista Osmar Dias.

Há ainda um índice altíssimo de eleitores indecisos, como mostram as pesquisas espontâneas, destaca.

É preciso conhecer o Pessuti

O vice-governador diz não ter dúvidas que, quando assumir o governo, terá maior visibilidade e um reconhecimento maior da população do que o que tem hoje.

-- Há um universo muito grande do eleitorado que precisa conhecer o Pessuti. Hoje a avaliação que a população faz é do Pessuti deputado, secretário de Estado. Logo poderá conhecer o Pessuti governador. Isso fará uma diferença para melhor e para maior, afirma.

Apoio de deputados e prefeitos

Pessuti não tem dúvida que quando começar a campanha eleitoral terá 100% dos deputados e dos demais candidatos peemedebista ao seu lado.

Mais do que isso, terá o apoio de pelo menos 250 dos 399 prefeitos paranaenses, “o que certamente fará uma diferença significativa na campanha”.

Botar o pé na estrada

Até porque já disputou cinco eleições para a Assembléia Legislativa, Pessuti entende a preocupação dos deputados com a reeleição.

-- Mas as perspectivas são boas, basta que cada um trabalhe certo em suas regiões.

É só botar o pé na estrada e trabalhar, ensina.

Melhor é a candidatura própria

Pessuti garante que o melhor para os candidatos do PMDB a Assembléia Legislativa e Câmara Federal é a candidatura própria.

Porque ela fortalece a chapa proporcional, “ao contrário se o partido integrar outra chapa onde o cabeça não seja do PMDB”.

-- Tenho certeza que os deputados vão refletir sobre isso e, no momento apropriado, terei 100% dos deputados integrados na minha candidatura, espera.

Não briga

O vice-governador não quer perder seu tempo brigando com os “rebeldes” do PMDB.

Pelo contrário.

-- Minha missão agora não é brigar nem puxar a orelha. O meu papel é conquistá-los para a tese da candidatura própria na certeza de que é o melhor caminho, disse.

Não teme a disputa

Para Pessuti, se se definir o quadro que se desenha hoje, com o prefeito Beto Richa e o senador Osmar Dias no páreo, a eleição de 3 de outubro pode até parecer difícil.

Mas isso não o assusta.

-- Toda eleição pode ser fácil ou difícil. Hoje pode parecer difícil como parecia para o Gilberto Kassab no ano passado. Quem imaginava no inicio da campanha que ele ganharia da Marta Suplicy e do Geraldo Alckmin? Quem imaginava que em 2002 o Requião e o Pessuti venceriam a eleição?

O que pode parecer difícil hoje pode ser fácil amanhã. Não tenho receio de enfrentar quem quer que seja, disse Pessuti.

Não abre mão da candidatura

Àqueles que defendem que ele tão somente assuma o governo e não concorra à reeleição,

Pessuti manda um recado:

-- Depois de toda minha trajetória política ser candidato é um direito. Não tenho razão, motivação nem disposição de deixar de disputar o governo, assegura.

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